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IBGE prevê safra 8,8% maior que a de2014

Estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, apresentando acréscimo de 2,0% frente ao ano passado

Fonte: Pietro Grosso/Arquivo Pessoal

A nona estimativa paraa safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 210,4 milhões de toneladas, 8,8% superior à obtida em 2014 (193,3 milhões de toneladas) e 396.248 toneladas (0,2%) maior que a avaliação de agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, apresentando acréscimo de 2,0% frente à área colhida em 2014 (56,5 milhões de hectares), e aumento de 71.956 hectares em relação ao mês anterior (0,1%). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que somados representaram 92,5% da estimativa da produção, responderam por 86,4% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 6,0% na área da soja, de 0,9% na área do milho e redução de 5,5% na área de arroz. No que se refere à produção, houve acréscimos de 3,4% para o arroz, 12,2% para a soja e de 7,3% para o milho.

Segundo o IBGE, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 89,6 milhões de toneladas; região Sul, 77,6 milhões de toneladas; Sudeste, 18,8 milhões de toneladas; Nordeste, 17,3 milhões de toneladas; e Norte, 7,2 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, foram constatados incrementos de 21,5% na região Norte, de 9,6% na região Nordeste, de 4,7% na região Sudeste, de 9,6% na região Sul e de 8,0% na região Centro-Oeste. Nessa avaliação, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 25,0%, seguido pelo Paraná (18,1%) e Rio Grande do Sul (15,7%), que somados representaram 58,8% do total nacional previsto.

CAFÉ (em grão)

A estimativa da produção alcançou 2.570.358 toneladas (42,8 milhões de sacas de 60 kg) queda de 2,0% em relação ao mês anterior. A área a ser colhida é 0,7% menor e o rendimento médio caiu 1,4%. Minas Gerais, maior produtor do país, com participação de 52,1%, reduziu sua estimativa de produção do café arábica em 3,2% em setembro, reflexo das quedas de 1,3% na área a ser colhida e de 1,9% no rendimento médio. Em relação ao café canephora, a estimativa da produção alcançou 632.858 toneladas, ou 10,5 milhões de sacas de 60 kg, apresentando queda de 1,6% em relação ao mês anterior. Já o Espírito Santo, principal produtor desta espécie de café, reduziu a estimativa de produção em 2,7% em relação ao mês anterior.

MILHO (em grão)

A produção recorde de milho em grão para 2015, estimada em 84.969.848 toneladas, é consequência, principalmente, da excelente segunda safra que o país obteve. Este mês houve alta de 0,8% na estimativa de produção frente a agosto. A elevação do rendimento médio foi responsável pelo acréscimo da produção. A média nacional de 5.487 kg/ha é 0,6% maior que a informada no mês anterior. O milho 1ª safra foi avaliado negativamente em 0,3% na produção, quando comparada a agosto. Foram contabilizadas 29,6 milhões de toneladas para este mês. Esta é a menor produção registrada pelo IBGE na última década. Para Minas Gerais, a pesquisa informou estimativa de produção 0,3% menor que em agosto, produção de 5,5 milhões de toneladas. O rendimento médio aumentou 0,2%, totalizando 5.650 kg/ha. A produção do milho 2ª safra foi a maior já registrada no país. Estimada em 55,4 milhões de toneladas, houve elevação de 1,4% em relação ao mês anterior. O rendimento médio teve acréscimo de 0,9%. A pesquisa no Mato Grosso estimou, nesta segunda safra, produção de 21,5 milhões de toneladas. O rendimento médio cresceu 1,8%, totalizando 6.103 kg/ha. No Paraná e em Goiás, os acréscimos nas estimativas de produção foram de 0,9% e 2,4%, respectivamente. Nesta avaliação de setembro foram estimadas produções de 11,3 milhões de toneladas para o Paraná e de 7,5 milhões de toneladas para Goiás.

TRIGO (em grão)

A produção do trigo foi avaliada em setembro em 6.771.679 toneladas, redução de 6,2% em relação ao mês anterior. A área a ser colhida diminuiu 0,5% e o rendimento médio caiu 5,8%. Os dados foram influenciados pelas estimativas de produção do Paraná e do Rio Grande do Sul, que caíram 9,0% e 3,7%, respectivamente, em relação ao mês anterior. O excesso de chuvas e geada em alguns municípios produtores foram os principais fatores que influenciaram na redução de 9,0% do rendimento médio da cultura no Paraná, agora estimado em 2.700 kg/hectare. A mesma situação de clima desfavorável indicaram uma redução da área a ser colhida no Rio Grande do Sul de 1,2%, bem como a redução do rendimento médio em 2,6%, sendo agora estimado em 2.726 kg/hectare.

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