ICE planeja lançar até o fim do ano contrato futuro de algodão

Países que poderão entregar o produto para cumprir os futuros incluem BrasilO IntercontinentalExchange Group (ICE) planeja lançar um contrato mundial de algodão que reflita os preços globais da commodity, de acordo com um executivo da empresa. A previsão é a de que as negociações tenham início no último trimestre de 2014 e que as primeiras entregas ocorram no primeiro semestre do ano que vem. O novo contrato seria negociado paralelamente aos futuros de algodão dos Estados Unidos.

• Baixo consumo da indústria e estiagem provocam queda no preço do algodão na entressafra

Membros do setor afirmam que, apesar dos norte-americanos serem os maiores exportadores da commodity, é necessário um contrato internacional porque aqueles negociados nos EUA não necessariamente refletem o mercado global de algodão.

De acordo com Ben Jackson, presidente e diretor de operações da ICE Futures US, a Associação Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) e a Associação Americana de Exportadores de Algodão estão trabalhando conjuntamente no lançamento do contrato.

O contrato global será cotado em centavos de dólar por libra-peso e terá os mesmos meses de entrega que os futuros já negociados em Nova York: março, maio, julho, outubro e dezembro. O tamanho de cada lote será de 55.000 libras-peso.

Os países que poderão entregar o produto para cumprir os futuros incluem Brasil, Estados Unidos, Austrália, Índia, Benin, Burkina Faso, Camarões, Mali e Costa do Marfim. O preço dos contratos terá como base o algodão de origem norte-americana, com prêmios e descontos para a produção cultivada nos demais países.

Traders estimam que a Austrália será um dos países a distribuir algodão com um preço mais elevado que o norte-americano. Já a qualidade da Índia e de países africanos vem sendo questionada, uma vez que nestes lugares o algodão é colhido manualmente, deixando-o mais sujo.

Agência Estado