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Contratos futuros para março de 2015 apresentaram queda de 1,02% na semana anterior, seguindo a tendência de baixa por causa da grande oferta da nova safra norte-americana. As cotações a termo que circularam no mercado mato-grossense durante o mês de setembro giraram em torno de R$ 39,16/saca para entrega e pagamento em março de 2015, bem abaixo das pedidas dos produtores e 14% inferiores aos custos totais de produção da saca do grão.
O preço de paridade da saca da soja em Mato Grosso para março de 2015 apresentou alta de 2,17%, apesar do recuo nos contratos do mesmo período. O fator que compensou essas perdas foi a alta do dólar.
Cenário de queda
O indicador da paridade da soja em Mato Grosso para março de 2015, que iniciou suas cotações em maio de 2014, a princípio apresentava expectativas melhores de preços para comercialização da nova safra ante a safra anterior durante maio de 2013, com valor 14% superior.
• Com baixa liquidez, indicador da soja é o menor em 16 meses
Porém, conforme as projeções da safra 2014/2015 começaram a ser divulgadas e a expectativa de oferta mundial de soja foi se elevando mês a mês, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as cotações começaram a sentir o peso do grande volume que será produzido nesta temporada. Atualmente o preço de paridade apresenta valor 19% inferior ao registrado no final de setembro de 2013.
Venda favorável para o estoque da safra 2013/2014
A safra norte-americana tem precificado a soja no mercado internacional nas últimas semanas, dando forma à grande oferta já esperada. Neste cenário, os prêmios surgem como uma saída para o fim da safra 2013/2014 para os produtores de Mato Grosso. Durante setembro, a cotação da soja na Bolsa de Chicago apresentou a segunda menor média para este mesmo mês desde 2008.
Entretanto, os prêmios portuários para outubro no Golfo e em Paranaguá estão entre os maiores no mesmo período analisado, refletindo que a demanda precisa equalizar os preços para que a comercialização não seja freada.
Assim, as cotações no Brasil estão favorecidas atualmente, pois além do prêmio em Paranaguá atualmente ser o dobro do prêmio no Golfo, o dólar apresenta-se valorizado, apresentando oportunidades para que os produtores comercializem a oleaginosa que resta da safra 2013/2014.