Instituto divulgou em seu boletim semanal acredita que o pico da colheita será na segunda quinzena de fevereiro
Com o fim da semeadura da soja em Mato Grosso, as atenções neste momento voltam-se para o desenvolvimento das lavouras. A partir da data de semeadura e do ciclo utilizado nas sementes (precoce, normal e tardio), foi possível projetar o percentual que poderá ser colhido semanalmente.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), estima-se que apenas 5,9% da área total estará colhida até o fim de janeiro, ficando abaixo da média dos últimos cinco anos. O pico da colheita é projetado entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira semana de março, acumulando 66% de colheita neste período.
Assim, a definição da produtividade desta safra deve ficar para os últimos dias, pois o clima poderá trazer reflexos positivos, mas também pode atrapalhar o ritmo da colheita, possibilitando perdas na produtividade com o excesso de chuvas.
Mercado
A cotação do contrato de mar/2015 na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou forte alta de 3,03% na última semana. Isso se deve, principalmente, aos fundos de investimento que estão comprados no mercado. O dólar apresentou alta de 1,77% ante o real. A tendência continua altista, dada a desconfiança do mercado sobre a economia brasileira.
O preço paridade para mar/15 apresentou forte alta, variando positivamente em 5,31% e fechando a R$ 45,65/sc. As altas do dólar e do contrato de mar/15 na CBOT deram sustentação. Foram esmagadas 641 mil toneladas de soja em novembro, quase 136 mil toneladas a mais que em outubro. O principal fator é o aumento do volume esmagado pelas indústrias que estavam em manutenção em outubro.
Tendência mantida
Na última quarta, dia 10, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) publicou o seu último relatório de oferta e demanda do ano, com os números conservadores ficando dentro das expectativas do mercado. O órgão manteve a mesma produção do relatório de novembro para os três principais países produtores do grão: EUA, Brasil e Argentina.
A leve baixa nos estoques finais, ocasionada pelo pequeno incremento na demanda, reduziu timidamente a relação estoque/consumo. Apesar disso, os fundamentos no longo prazo continuam os mesmos e, por isso, caso não haja imprevistos, a tendência segue baixista para os preços em 2015.
No entanto, no curto prazo o mercado reage em função da demanda e do capital especulativo, de forma que quando os fundos de investimentos estão comprando as cotações apresentam valorização, e quando vendendo, desvalorização. Vale ressaltar que, apesar das altas diárias registradas nos últimos dias, os preços, que estão próximos a US$ 10,00/bushel, ainda são baixos.
Imea