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Agricultura

Importações de fertilizantes totalizam 21,8 mi de t no acumulado do ano

É o que aponta levantamento do Itaú BBA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está preocupado com um possível gargalo logístico na chegada de fertilizantes para a adubação da safra 22/23, que começa a ser plantada em setembro.

Tal temor foi revelado pelo ministro da Agricultura, Marcos Pontes, durante o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que termina hoje em Salvador (BA). De acordo com Montes, há fertilizantes disponíveis, mas muitos produtores ainda estão aguardando o preço cair, o que pode atrapalhar a logística do produto no mercado brasileiro.

A preocupação do Mapa ocorre apesar de o volume importado de fertilizantes ter totalizado 21,8 milhões de toneladas no acumulado de janeiro até julho. Volume 14,7% acima do mesmo período de 2021, segundo relatório divulgado nesta semana pela empresa Itaú BBA.

O que explica o aumento da importação de fertilizantes?

Annelise Izumi - itaú bba - fertilizantes
Foto: Canal Rural/reprodução

Analista de consultoria agro do Itaú BBA, Annelise Izumi apontou, em entrevista ao ‘Mercado & Companhia’ desta quinta-feira (18), que o aumento se deu, entre outros fatores, em decorrência da guerra entre Ucrânia e Rússia, que perdura desde o fim de fevereiro deste ano. “As indústrias adiantaram as compras. Então, o volume foi realmente maior que o do no passado”, comentou.

Em relação à saída dos fertilizantes dos portos, a especialistas observou, assim como o ministro Marcos Montes, que a queda do preço no decorrer das últimas semanas fez com que mais produtores rurais resolvessem comprar o produto. Isso, contudo, pode acarretar em problemas a serem enfrentados diretamente pelos profissionais do campo.

“É bem importante o planejamento para que tudo chegue a tempo da aplicação” — Annelise Izumi

“A distribuição pode causar algum impacto”, afirmou Annelise ao conversar com o apresentador Antônio Pétrin. “É bem importante o planejamento para que tudo chegue a tempo da aplicação”, prosseguiu a analista de agro do Itaú BBA ao afirmar que há problema de logística para fazer com que o produto deixe os portos rumo às lavouras.

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