Importações deixam o mercado brasileiro de feijão sem fôlego, diz analista

Produtor rural sente dificuldades até para conseguir o preço mínimo do produtoA crescente importação de feijão preto começa a pressionar os preços no mercado interno. O produtor rural, que estava acostumado a ganhar um pouco mais no período de entressafra, já sente dificuldades até para conseguir o preço mínimo. Segundo analistas, medidas devem ser tomadas pelo governo federal para evitar prejuízos ao setor.

Em pleno período de entressafra, o produtor está recebendo R$ 75 pela saca de 60 quilos de feijão. Segundo a analista de mercado, Sandra Hetzel, os preços deveriam estar mais valorizados nessa época em consequência à diminuição da oferta. A faixa de preço ideal seria de R$ 85 a R$ 90.

? O feijão preto não está conseguindo ter fôlego no mercado devido às importações crescentes. Tem sobra de feijão vindo do Exterior circulando ? explica Sandra.

Atualmente, são importadas cerca de 100 mil toneladas de feijão preto, sendo que 70% é de origem Argentina. O restante vem da China e da Bolívia. De acordo com Sandra Hetzel, seria necessário criar mecanismos para restringir a entrada do produto internacional.

? Uma saída seria aumentar taxas ou criar cotas para não atrapalhar o mercado do produtor brasileiro ? defende.