Segundo o presidente da Associação dos Produtores do Feijão do Estado, Tarcísio Ceretta, os prejuízos no setor só não tem sido maior porque os agricultores mantêm outras atividades na propriedade. Ele avalia a situação como grave.
? Por sermos de pequenas propriedades, tínhamos que ter mais agregação de valor e isto não está acontecendo. O produtor de feijão está desamparado e desanimado ? lamenta.
Um dos principais problemas apontados pelo setor é a importação. Conforme o analista de Safras e Mercado, Renan Gomes, o produto vem da China e da Argentina.
? A Argentina e a China estão mandando bastante mercadoria para o Brasil e isso fez com que o preço se estabilizasse. O que sobrou da safra está sendo comercializado, mas com preço estável há mais de dois meses ? informa.
Para o analista de produto do Ministério da Agricultura, Petrarcas Santos, o preço depende da qualidade do produto e do tempo de colheita. Ele considera a baixa de preços para esta época do ano como normal.
? Isso é um fato normal. O Rio Grande do Sul vai ter uma nova safra agora para o próximo mês de dezembro, e aí os preços voltariam a serem praticados conforme a qualidade do produto ? avalia.
Os produtores devem pedir ajuda ao governo do Estado para buscar junto ao governo federal soluções para o problema de preços do grão. Uma das medidas já tomadas, assim como no arroz, é uma campanha de aumento do consumo.