Ao prestigiar a solenidade, a governadora Yeda Crusius afirmou:
? Uma indústria como essa, organizada por cooperativas, tem um grande significado porque é formada por pequenos produtores. É a planta inicial e temos o projeto de que seja duplicada, trazendo benefícios a todo o Estado.
Além do empreendimento CCGL, outros cinco estão previstos para entrar em operação até o fim de 2009 no norte e noroeste gaúchos: Nestlé, Bom Gosto, Perdigão, Parmalat e Italac. Quando concluídos, colocarão o Rio Grande do Sul entre os principais pólos leiteiros do país. Com a perspectiva de gerar mais lucro aos produtores, essas fábricas representam um investimento de R$ 388 milhões e cerca de 1,4 mil empregos, pelo menos.
Produtor em Augusto Pestana, a 55 quilômetros de Cruz Alta, Valdemar Fetter estava entre as centenas de produtores e autoridades impressionadas com os 19,7 mil metros quadrados construídos às margens da rodovia Ijuí?Cruz Alta (RS-342). Fetter espera que o impulso ao pólo leiteiro eleve os ganhos dos atuais R$ 0,40 por litro de leite.
A produção de leite em pó ainda não está sendo em andamento, mas, conforme o presidente da CCGL, Caio Vianna, faltam apenas ajustes para o início das operações na próxima semana. A princípio, cerca de 500 mil litros de leite serão industrializados a cada 24 horas. Vianna espera que até o começo de 2009 a fábrica processe entre 700 mil e 800 mil litros de leite ao dia.
? É uma obra que enche de orgulho a todos aqueles que formam as cooperativas ? disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado, Rui Polidoro Pinto.
Na primeira fase, inaugurada ontem, foram criados 250 empregos diretos e 1,4 mil indiretos. Como subproduto do leite em pó, também sairá da fábrica o butter oil, óleo de manteiga utilizado pelas indústrias alimentícia e cosmética. Na segunda fase, já projetada, pelo menos R$ 100 milhões serão aplicados para construção de uma queijaria, dobrando as vagas de trabalho para 500 e elevando a captação total de leite a 2,5 milhões de litros por dia.