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MAIS MILHO

Incêndios em áreas de palhada de milho preocupam agricultores de Mato Grosso

O tempo seco e quente vem aumentando o risco de focos de incêndio; nos últimos dias, áreas em diferentes regiões do estado foram destruídas pelo fogo

A colheita do milho está praticamente concluída em Mato Grosso. Chegou a 98,8% dos 7,492 milhões de hectares destinados para o cereal nesta temporada. Contudo, mesmo com a finalização dos trabalhos em muitas fazendas, o produtor continua atento ao campo: o risco de incêndios.

Os meses de agosto e setembro em Mato Grosso são os mais quentes e secos do ano, o que eleva o risco de incêndios. Nos últimos dias, áreas em diferentes regiões do estado foram destruídas pelo fogo.

No dia 11 de agosto aproximadamente 600 hectares de palhada de milho e um trator foram destruídos por um incêndio em uma fazenda localizada em Primavera do Leste, região sudeste de Mato Grosso. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, caminhões pipa, tratores com grade, uniportes, além de três aviões agrícolas, chegaram a ser utilizados para controlar a propagação das chamas.

No último dia 9 de agosto em Sorriso um incêndio atingiu quatro propriedades às margens da BR-163. Ao longo de quatro horas, nove operações de descarga de água foram realizadas, utilizando aproximadamente 27 mil litros de água.

lavoura de milho em nova mutum queimada por incêndio foto pedro silvestre canal rural mato grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Incêndios são prejuízos a mais em momento de crise

O agricultor José Osmar Bergamasco, de Nova Mutum, teve recentemente sua lavoura de milho afetada por um incêndio iniciado em área de mata próxima a sua propriedade. Conforme ele, ainda não foram quantificados os prejuízos quanto à matéria orgânica, entretanto estima-se que entre cinco e seis hectares de milho que ainda iam ser colhidos tenham sido perdidos, algo em torno de 600 sacas de cereal.

“Procuramos nessa época na colheita de milho dar uma parada entre 11h e 14h para evitar problema de fogo. Apesar do milho não valer nada [preços baixos], em época de crise, como estamos, tudo o que se perde é prejuízo”, diz o agricultor.

 

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