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Incertezas no setor de citrus faz com que produtores migrem para outras culturas em São Paulo

De acordo com representantes do segmento, alta nos estoques das indústrias de suco e queda na demanda para o mercado externo prejudicam negociaçõesCom a queda na demanda de suco para o mercado externo e os altos estoques nas indústrias, os produtores de citrus já sentem a pressão nos preços. E esta incerteza de mercado faz com que os citricultores troquem parte dos pomares por outras culturas, como cana-de-açúcar. O acúmulo de produto nas fábricas, segundo o coordenador técnico-científico do Grupo de Consultores em Citros (GConci), Reinaldo Corte, iniciou na safra passada. Ele aponta que se trata do reflexo de uma grande produção, além da

– Nós estamos vindo de uma safra grande, na qual a indústria conseguiu repor parte do estoque de passagem, que nos últimos anos esteve muito baixo – diz.

Para este ano a previsão é de uma safra 15% menor que a do ano passado. No entanto, a produção é considerada ampla pelo setor. Entre os citricultores, o momento é de cautela. O produtor Rodrigo Sia relata que produz 250 mil caixas por safra. Destas, 80% são destinadas à indústria. Normalmente, nesta época, os contratos de venda já estão fechados, mas até agora, conforme ele, nada foi negociado. E acrescenta que, sem a necessidade imediata de matéria-prima, as indústrias ainda não começaram a comprar.

– A gente fica pensando em como vai ser. Estamos aguardando as indústrias. Elas não deram sinal ainda de comercialização, mas a fruta daqui a 30 dias estará pronta para moer. Estamos aguardando, nessa expectativa. A gente não sabe se vai cobrir o custo ou não – afirma.

Os agricultores pedem ao governo federal melhores condições, defendem um preço mínimo e a liberação de uma nova linha de crédito para financiar os estoques que já estão nas indústrias. Desta maneira acreditam que será dado suporte aos preços.

– Nós temos mais alguns dias, semanas, de expectativa até sair esse preço da indústria. Que ela deixe claro qual a estratégia de negociação, para que o mercado de fruta fresca tenha suas definições e assim por diante – aponta Corte.

A realidade de alguns produtores, como Sia, começa a ser modificada, em função da incerteza na comercialização. Em sua propriedade, há mais de 30 anos predominava somente a citricultura. Já para essa safra, as laranjas dividem espaço com a cana-de-açúcar.

– A região era muito boa de laranja e agora está virando cana. Porque dá uma renda mais fixa, mais tranquila. Não precisa investir tanto quanto com a laranja. A gente investe tanto e depois só daqui a um ano que você vai saber o preço – pontua.

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