O levantamento feito pela Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, que monitora o surto de gafanhotos em algumas regiões do estado, mostrou que a incidência da praga alcançou 49,23% da área monitorada, que abrange 22 municípios. O estudo foi feito entre os dias 30 de novembro e 7 de dezembro.
Até o dia 5 de dezembro, a secretaria vistoriou mais de 6,7 mil hectares entre áreas agrícolas e de mata nativa. Considerando a área total vistoriada, o percentual de área agrícola com incidência de gafanhotos foi de 26,47% (1.794 ha); em mata nativa, o índice representa 46,14% (3.127 ha). Nesse período, a incidência média observada foi de 39,97%, com um nível de severidade média de 7,92%.
Lavouras
Segundo o relatório, houve registro de ataque de gafanhotos em lavouras de soja no município de São Valério do Sul. No entanto, considerando a área total de soja vistoriada (2.483 ha), foi notada uma incidência média de 33,37 % e uma intensidade de desfolha média de 0,41%. Nas áreas de milho, a incidência foi de 20,45%. Já nas áreas de mata nativa (3.345 ha) a incidência média foi de 56,53% e a intensidade de desfolha, 30,81%.
Ainda de acordo com o estudo, as ocorrências envolvendo os gafanhotos estão em sua maior incidência concentradas na divisa entre os municípios de Santo Augusto e São Valério do Sul. Os insetos estão em região de mata nativa característica de seu habitat natural.
A pasta alerta para os riscos de agricultores tentarem realizar o controle das pragas. “A Secretaria da Agricultura recomenda aos produtores evitarem a aplicação de controle, sob pena de possível agravamento da situação com o afugentamento ou morte de inimigos naturais, bem como pela indução de resistência, haja vista não haver dados sobre a ação de princípios ativos nas espécies observadas”, destaca o relatório.