O objetivo, segundo nota divulgada pelo Incra, é avaliar “eventuais irregularidades, como serrarias, fornos de carvão e desmatamento acima do limite legal”.
Os fornos e serrarias fechados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) funcionavam dentro do assentamento Rio Gelado, o maior do Incra no país, com 260 mil hectares.
O episódio trouxe à tona o mal-estar entre os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, iniciado com a divulgação da lista dos 100 maiores desmatadores da Amazônia, encabeçada por seis propriedades do Incra.
Na nota, o Incra argumenta que “a proteção do meio ambiente é prioridade da reforma agrária” e cita que em “centenas de casos” fiscais do Ibama realizam a fiscalização com dinheiro e veículos do órgão fundiário.
? O que o Incra não concorda é que os assentamentos sejam apontados como os maiores desmatadores da Amazônia. Sabe-se lá a que interesses servem informações propositadamente equivocadas ? aponta o texto.
O Incra afirma ainda que “já existe há alguns anos o modelo de assentamento ambientalmente sustentável”, em referência a declarações recentes do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que defendeu a criação de alternativas econômicas sustentáveis para que os assentados não desmatem.
O resultado das vistorias será comunicado ao Ibama e aos órgãos estaduais de meio ambiente “para as devidas providências”, segundo o Incra.