? Investimentos estão suspensos por causa dessa indefinição. Quem está consolidado, está esperando. Quem não está, segura os investimentos. No meu caso mesmo, só resta esperar, pois a cana já está plantada ? afirmou o empresário.
O empresário critica a retirada da faixa de 15 metros de Área de Preservação Permanente para leitos de rios com até cinco metros. Biagi também é contra a ideia de que só o governo federal possa tratar de legislação ambiental. Para ele, os Estados e municípios conhecem as particularidades de cada região do país.
? Essas mudanças não fazem sentido, mas são parte da negociação ? avaliou o empresário, para quem a polêmica em torno do Código Florestal é “terrorismo ambiental financiado pelo exterior”.
? Toda essa negociação penaliza a produção, a competência. O deputado Aldo Rebelo, que é um nacionalista, vê claramente esse interesse externo de prejudicar o Brasil, de tornar o país menos competitivo. A maior arma do produtor contra isso é produzir ? criticou.
Biagi, que passa a presidir a Agrishow, avalia ainda que, quanto mais a votação do Código Florestal demorar, mais pressão vai ser feita, principalmente, por parte dos ambientalistas.
? Da forma como o relatório está, ficou desfavorável ao setor rural. A proposta original do deputado Aldo Rebelo era a mais justa, considerando a situação atual. O setor tem que se mobilizar. A classe política precisa sentir que o setor está mobilizado ? defende o empresário.