O vai-e-vem sobre o assunto desde que a restrição foi introduzida na segunda passada, dia 5, confundiu o mercado, já que não está claro se a iniciativa recente significa uma retomada completa dos embarques da Índia, segundo maior exportador de algodão do mundo.
Depois que a proibição foi criticada pelo ministro de Agricultura e por políticos das principais províncias produtoras da fibra, o governo indiano informou na sexta, dia 9, que suspenderia parcialmente a medida, liberando as exportações para as quais a documentação foi concluída até 4 de março.
No domingo, contudo, o ministro de Comércio informou em um comunicado que “tendo em vista os fatos, os interesses dos produtores, da indústria e do comércio”, decidiu-se reverter completamente a restrição.
A posição mudou novamente nesta segunda-feira, com o secretário de Comércio, Rahul Khullar, dizendo a repórteres que não serão aceitos novos registros de exportação até que uma revisão dos pedidos e dos embarques recentes seja finalizada. A Índia fiscalizará todos os registros desde janeiro, suspeitando que ofertas estão sendo estocadas fora do país, causando em uma escassez doméstica, de acordo com Khullar.
– Mais de 85% das exportações da Índia estão indo para China. Temos evidência de que eles estavam estocando – disse o secretário.
A Associação de Algodão da China protestou na semana passada contra a proibição dos embarques, chamando-a de “infrutífera”.
Não está claro também se os 3,5 milhões de fardos de algodão, já registrados para exportação, serão liberados. A inspeção do governo levará quase 10 dias. Um painel ministerial revisará o caso novamente dentro de duas semanas, segundo o secretário de Comércio. As informações são da Dow Jones.