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Indicador de preço do café arábica cai 9% em fevereiro, diz Cepea

De acordo com pesquisadores, cotações perderam sustentação no mês passado, embora ainda em nível elevadoO indicador de preço do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP do café arábica, tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 441,31 a saca de 60 quilos em fevereiro, representando queda de 9% em relação ao mês anterior. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a média de todos os vencimentos em fevereiro foi de 210,50 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 6,8% em relação à média de janeiro e de 19,4% em relação a fevereiro de 2011.

De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as cotações perderam sustentação no mês passado, embora ainda em nível elevado.

“Na segunda quinzena de fevereiro, principalmente, os preços do arábica no Brasil tiveram forte queda. Esse movimento no físico brasileiro esteve atrelado, principalmente, aos recuos externos”, explica o boletim mensal do Cepea, divulgado nesta sexta, dia 9.

As cotações internacionais do grão cederam, entre outros motivos, pela conjuntura econômica mundial, que tem influenciado as commodities em geral. “Neste cenário de incertezas, especuladores e investidores optam por trabalhar com ativos mais seguros, como o dólar, que se valorizou frente a outras moedas enquanto outros ativos caíam”, informa o Cepea. Além disso, fatores técnicos e liquidação de posição por especuladores também influenciaram no cenário baixista.

No campo dos fundamentos do mercado cafeeiro, exportações recordes também explicam as recentes quedas internacionais. O elevado volume embarcado possibilitou , de certa forma, suprir a demanda de importantes consumidores, como Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão.

Os pesquisadores recordam que no correr da temporada 2010/2011, os preços do arábica no físico brasileiro subiram expressivamente, acompanhando o avanço das cotações internacionais. O impulso foi dado pela combinação de oferta restrita e demanda firme. De novembro de 2010 a dezembro de 2011, as médias mensais acumularam altas em praticamente todos os meses.

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