De acordo com o economista da companhia, Flávio Godas, em agosto, os resquícios das condições climáticas negativas de junho, como excesso de chuva e frio acentuado, continuaram reduzindo a oferta de alguns legumes como tomate, quiabo, berinjela e pimentão.
– Como são culturas mais longas, mesmo com o calor registrado no mês, não houve tempo para o restabelecimento do volume ofertado – explica.
Para setembro, a expectativa é de mais oferta e de queda nos preços. Para Godas, limão, maracujá, abacaxi e melancia podem apresentar elevação de preços por causa da menor oferta e do maior consumo em função do calor.
– A batata, principal produto do setor de Diversos, impulsionou os preços do setor. Não há margem para mais elevações, assim, o setor deve seguir estável. Os Pescados também devem seguir em estabilidade – complementa.
Desempenho por setores
Todos os setores registraram elevação dos preços praticados, com exceção do setor de Verduras, que recuou 24,21%. Suas principais quedas foram as da alface lisa (-37,5%), do brócolis (-35,1%) e do almeirão (-30,5%). Não houve elevação de preços no setor de verduras.
O setor de Legumes apresentou elevação de 8,20%. Entre as principais altas destacam-se quiabo (40,4%), berinjela (29,4%) e tomate (6,3%). No setor de Frutas houve alta de 6,41%, com destaque para o limão Taiti (45,8%), o figo (34,4%) e a uva rubi (22,1%). As principais quedas foram do morango comum (-33,5%) e da goiaba (-5,8%).
Já o setor de Diversos apontou alta de 12,92%, nele não houve queda de preços. Entre as altas, as principais foram as da batata (31,9%), do alho (12,4%) e dos ovos (7,9%). O setor de Pescados, por sua vez, subiu 1,39%, sendo as principais altas as das anchovas (15%), do badejo (11,7%) e da tilápia (8,5%). As quedas expressivas foram da sardinha (-29%), da tainha (-10%) e da cavalinha (-8,8%).