? Os principais motivos foram a retração no consumo e as condições climáticas favoráveis no curto prazo. A maioria dos produtos destes setores continua sendo ótima opção de compras para o consumidor ? afirma o economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) Flávio Godas.
No mês passado, o índice fechou com queda de 2,09%. No ano, o indicador acumula alta de 0,42%.
O setor de legumes registrou a maior retração, 21,06%. As principais baixas foram do tomate (-25%), da vagem (-44%) e do pepino japonês (-41,8%). Apenas a ervilha torta (34,8%) apresentou alta. As verduras tiveram queda de 7,61% e praticamente todos os produtos estão com preços reduzidos. As baixas mais acentuadas foram do brócolis (-28%), milho verde (-12,7%), rúcula (-18,7%) e couve-flor (-16,8%).
Com ligeira elevação de 0,69%, as principais altas do setor de frutas foram as do maracujá azedo (23,7%), do abacate (36,3%) e da carambola (37,4%). As principais quedas foram as da uva (-11%), da goiaba (-10,6%) e da acerola (-12,7%). A expectativa para o próximo mês é de que o clima não exerça tanta influência no setor de frutas, pois é esperada elevação significativa do volume ofertado para atender a maior demanda no final de ano.
? O produtor rural e os importadores já se prepararam para abastecer o mercado. Mesmo com o aumento do volume ofertado, não há previsão de redução dos preços neste setor em razão da maior procura ? analisa Godas.
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp, lançado em 2009, é um indicador de variação de preços no atacado de frutas, legumes, verduras, pescado e diversos. Divulgado mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade.