O setor de frutas teve queda de 7,41% no mês passado. O economista da Ceagesp, Flávio Godas, informou em comunicado que a diminuição do consumo em janeiro, por causa das férias, foi um dos motivos para a retração. Outra razão é que a base de cálculo de dezembro é muito elevada, pois normalmente os preços sobem no último mês do ano e caem em janeiro. Nos últimos 12 meses, a queda acumulada em frutas é de 9,1%.
As principais baixas no setor de frutas foram: limão Taiti (-50,2%), mamão formosa (-29,8%) e maçã gala (-29,4%). As principais altas foram registradas em: manga Tommy (40,5%), abacaxi pérola (36,9%) e abacaxi havaí (10,8%).
Outro setor que também apresentou queda foi o de pescado, que recuou 2,44%. As principais baixas foram: lula (-30,7%), polvo (-26,2%) e camarão ferro (-22,1%). Os principais aumentos de preços foram: bagre água salgada (35,9%), da abrotéia (31,1%) e da pescada (23,6%).
O setor diversos também teve elevação: 11,79%. Segundo Godas, batata e cebola estavam com valores muito próximos ao de custo e tiverem uma ligeira recuperação. As altas ficaram por conta da batata lisa (17,3%), da batata comum (15,2%) e cebola nacional (9,68%). As principais quedas foram coco seco (-14,8%), do alho (-5,3%) e dos ovos brancos (-4,9%).
Contrariando a expectativa de alta excessiva no começo do ano, por causa do excesso de chuvas e das altas temperaturas, os setores de verduras (0,32%) e legumes (1,60%) apresentaram elevações tímidas de preços. De acordo com o economista, mesmo com o grande volume de chuvas registrado em janeiro, não houve elevações acentuadas nos preços das hortaliças. Desta forma, esses setores não influenciaram incisivamente o índice em janeiro, explica Godas.
O coentro (20%), almeirão (17,1%) e o brócolis (15,8%) apresentaram as principais altas do setor de verduras. As maiores quedas foram em: repolho (-7,9), nabo (-4,4%) e alface americana (-2,49%). Já no setor de legumes, os aumentos dos preços foram registrados em: abobrinha brasileira (30%), berinjela (29,4%) pepino comum (22,6%). As principais baixas foram: pimentão amarelo (-53,5%), pimentão vermelho (-45,7%) e vagem (-24,5%).
Segundo a Ceagesp, durante os meses de fevereiro e março, a perspectiva ainda é de alta incidência de chuvas e temperaturas mais elevadas. Conforme Godas, são esperadas quedas acentuadas do volume ofertado, redução da qualidade e, consequentemente, reajuste dos preços em verduras e legumes. A partir de abril, no entanto, deve ocorrer à normalização do volume ofertado e queda dos preços.