– Condições climáticas adversas nas regiões produtoras, como excesso de chuvas e altas temperaturas, além de problemas sazonais em algumas culturas, voltaram a interferir negativamente na qualidade e volume ofertado, principalmente nos setores de legumes e diversos – informou a Ceagesp em nota.
Em fevereiro, após dois meses consecutivos de alta, o índice havia apresentado retração de 1,42%, com influência dos setores de frutas, verduras e pescados. O índice considera os 150 principais itens comercializados na Ceagesp.
Produtos com grande representatividade desses setores como tomate, vagem, pimentão, batata, cebola, entre outros, apresentaram acentuadas majorações de preços e influenciaram na elevação do Índice Ceagesp no último mês. No ano, o indicador registra elevação de 5,69% e em 12 meses o aumento foi de 19,71%.
O setor de diversos registrou a maior elevação, de 18,06%. As principais altas foram cebola (26,6%), amendoim (19,5%), batata comum (15,7%) e milho pipoca (15,5%). Os legumes registraram alta de 14,78%. Principais aumentos: vagem macarrão (46,5%), jiló (45,3%), pepino japonês (38%), pimentão verde (31,2%) e tomate (19,2%). Principais baixas: chuchu (-20,2%), abobrinha italiana (-11,5%), maxixe (-9,7%) e cará (-4,1%).
O setor de pescados apresentou alta de 1,36%, puxada pelo bagre (30%), pescada (26,65), anchovas (19,9%), abrotea (19,2%) e robalo (7,5%). Principais quedas: atum (-26,9%), pacu (-11,7%), tilápia (-9,3%) e cavalinha (-7,5%). As frutas registraram elevação de 1,22%, com destaque para goiaba vermelha (30,2%), abacaxi pérola (16,1%), uva benitaka (15,9%), caju (15,4%) e figo (10,4%). Principais baixas: maracujá azedo (-22,5%), jaca (-17,1%), pera estrangeira (-9,2%), e kiwi estrangeiro (-9,9%).
Já as verduras apresentaram retração de 4,69%. Principais elevações: brócolis (45,6%), couve-flor (38,4%), salsa (16,5%), e agrião (8,34%). Principais quedas: alface americana (-20%), alface crespa (-18,9%), escarola (-19,5%), coentro (-17,1%), almeirão (-16,8%), alface lisa (-16,8%), rabanete (-15%) e espinafre (-13%).
Segundo a Ceagesp, em abril, com a diminuição das chuvas nas regiões produtoras, a expectativa é de que volumes ofertados e preços iniciem processo de retorno aos patamares habituais.