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Indústria de couro e calçados quer incentivos para aumentar competitividade

Feira conta com a participação de mais de mil expositores de 13 Estados e deve receber 65 mil visitantes do Brasil e do ExteriorO governo deve confirmar em fevereiro se aumenta as barreiras para a entrada de calçados chineses no Brasil. A informação foi confirmada nesta segunda, dia 18, pelo ministro interino do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, que participou em São Paulo da cerimônia de abertura da Couromoda, maior feira do setor de couro e calçados na América Latina.

A feira, que é realizada há 37 anos, deve receber 65 mil visitantes do Brasil e do Exterior até esta quinta, dia 21. São mais de mil expositores de 13 Estados, que concentram 90% da produção nacional. As novas tendências do que deve chegar às lojas a partir de março estão espalhadas pelos estandes.

Ao contrário do ano passado, quando a feira foi realizada no auge da crise, os organizadores esperam encerrar a Couromoda esta edição com pelo menos três meses da produção brasileira já negociada.

? Serão quatro dias de muitos negócios, muita venda. Vamos sair daqui com as indústrias iniciando o ano acertadas e definidas ? disse o presidente da feira, Francisco Santos.

Apesar do otimismo, a perda de competitividade da indústria brasileira ainda preocupa. Na cerimônia de abertura, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados) cobrou mudanças na política de câmbio para recuperar as exportações. No ano passado, o calçado brasileiro foi exportado para 146 países, mas o faturamento caiu 28%.

? O câmbio não pode ser administrado perguntando para os bancos quanto você acha que deve estar o câmbio daqui a seis meses e administrando para a previsão se confirmar. Nós estamos incentivando a especulação e o ganho fácil pelos mercados futuros. O câmbio deve defender o interesse nacional ? explicou o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso.

No mercado interno, as vendas cresceram 6% no ano passado. Neste ano, é esperada uma alta de 11% no varejo.

O setor ainda quer ajuda para enfrentar a concorrência dos calçados chineses. No ano passado, o governo impôs uma tarifa antidumping de US$ 12,47 para cada par de calçado importado da China. A indústria pede que o valor passe para US$ 18,47.

? A prática de dumping está provada. O prejuízo aos empregos e a indústria está provada. Não há porque rever essa decisão que foi tomada de maneira técnica em com base em dados que já haviam sido analisados ? avaliou Cardoso.

O governo deve ter uma decisão final sobre o assunto em fevereiro. Depois de ouvir as cobranças do setor calçadista, o ministro interino do desenvolvimento garantiu que a intenção é defender o produto brasileiro.

? Quando o governo toma uma decisão em caráter provisório é porque as autoridades de defesa comercial já concluíram que há indícios de prática de dumping com dano à indústria nacional. O assunto é levado para a Camex e aí é uma decisão tomada por sete ministros. Por isso não posso fazer nenhuma avaliação futura ? concluiu Ivan Ramalho.

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