Em conversa com o Canal Rural, o CEO do grupo detalhou os resultados do estudo que acompanhou o uso de defensivos agrícolas em lavouras de grãos brasileiras, desde a safra 2004/2005. De acordo com o levantamento, na última safra produtores investiram 30% a mais no uso destes produtos. Só para a soja, foram US$ 3,024 bilhões. Um terço deste valor foi usado no controle da ferrugem asiática, que no Brasil pode comprometer até 80% da produtividade da lavoura.
O estudo também avaliou a adoção de medidas para reduzir impactos ambientais do uso de defensivos. De acordo com a pesquisa, os agricultores ampliaram o uso de produtos menos tóxicos, que chegam a representar dois terços do total utilizado.
Também sementes já tratadas, o que reduz a necessidade de aplicações foliares. Outro aspecto avaliado foi que, diferente de outros países, o Brasil tem conseguido melhor produtividade sem ampliar a área plantada e os gastos com herbicidas e inseticidas.
Segundo a pesquisa, desde 2004 a produtividade aumentou em 21%, enquanto a área plantada reduziu 2% e o investimento em defensivos por tonelada produzida cresceu apenas 1%.
Essa ampliação no investimento em tecnologia pode não se repetir na próxima safra, em função da falta de crédito causada pela crise global. De acordo com o IBGE, a indústria de defensivos teve redução de 27% no primeiro semestre deste ano. Os executivos da Kleffmann esperam uma retração menor, de até 15% para a próxima safra.