Indústria de defensivos diz que apóia comércio agrícola no país

Em nota, Andef responde declarações do analista do mercado de algodão Hugo NieriA indústria de defensivos agrícolas garantiu, nesta terça-feira, dia 29, que tem contribuído para apoiar a comercialização de produtos agrícolas no país. Foi uma resposta às declarações do analista do setor de algodão Hugo Nieri, que acusou multinacionais de insumos de atuarem como donas do mercado do segmento.

Nieri disse na segunda-feira ao Mercado e Companhia que o produtor, como não tem crédito para adquirir insumos, só consegue custear a produção mediante a assinatura de contratos dirigidos pelas indústrias para determinados compradores.

Em nota enviada à equipe do site do Canal Rural, a entidade que representa o setor, a Andef avaliou que, se não fossem os modernos mecanismos de comercialização, como as operações de trading ou o chamado hedge (proteção de preços), as vendas antecipadas de safra, comuns no setor de algodão, estariam inviabilizadas. Ressaltou ainda que o financiamento privado respondeu por 70% do custeio e dos investimentos.

Ainda na avaliação da Andef, o uso de ferramentas de mercado como o hedge justifica-se na volatilidade de preços “intrínseca à própria atividade agrícola”. E a redução dos níveis de plantio se deve à insegurança dos produtores em relação aos preços a serem obtidos.

Redução de preços

A entidade que representa a indústria de defensivos agrícolas disse também que, contrariando a tendência mundial de alta nos insumos básicos, o setor de defensivos agrícolas aponta para queda nos preços.

Citando dados de abril deste ano do Instituto de economia Agrícola (IEA), a Andef informou que houve redução nos valores de mais de 80% dos produtos na comparação com abril de 2007.