Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Indústria de equipamentos de irrigação defende mudanças na legislação ambiental

Para executivos do setor, ritmo de crescimento poderia dobrar se houvesse menos burocraciaA legislação ambiental é o principal entrave para o crescimento da agricultura irrigada no Brasil. A afirmação é do atual vice-presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI), ligada à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Antônio Alfredo Teixeira Mendes.

Mendes se prepara para assumir a presidência da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação, que reúne 36 fabricantes. Candidato único na eleição promovida pela internet e de forma presencial durante a Agrishow, em Ribeirão Preto, ele deve ser oficializado nesta quinta-feira, dia 5, como presidente eleito.

– Independente do que for aprovado no novo Código Florestal, precisamos de uma lei que todo mundo saiba qual é. Pior do que está não fica ? avalia o executivo, contando que conhece casos de projetos que ficaram travados até mesmo durante anos por causa da demora na concessão de licenças ambientais.

Segundo ele, atualmente, cerca de 4,5 milhões de hectares no Brasil são irrigados, diante de um potencial para aumentar essa área, no curto prazo, para cerca de 30 milhões. O crescimento da agricultura irrigada ainda é considerado lento no país (em média 130 mil hectares por ano). Resolvidos os entraves, como a legislação ambiental, e considerando a capacidade instalada hoje na indústria, esse ritmo poderia mais que dobrar, diz o dirigente da Câmara Setorial, chegando a 300 mil hectares anuais.

Sobre as discussões em torno do novo Código Florestal, Antônio Alfredo Teixeira Mendes, afirma estar “relativamente otimista”. Ele considera que colocar ambientalistas e ruralistas de lados opostos é um “falso dilema”, mas acredita que há um certo alinhamento de ideias.

– É uma questão de trazer as duas partes para a racionalidade e acho que o trabalho do Aldo (Rebelo/PCdoB-SP, relator do novo Código Florestal) foi equilibrado ? pondera.

Engenheiro agrícola formado pela Unicamp, com especialização em finanças pela Fundação Getúlio Vargas, Mendes considera que ainda existe muita “desinformação” a respeito do assunto.

– Se você levar os melhores ambientalistas para o campo, eles mudam de ideia sobre a produção agrícola. Eu acredito que não há ninguém com maior autoridade moral do que o produtor rural para defender sua terra ? conclui.

Expectativa positiva

Apesar de reconhecer dificuldades, Antônio Alfredo Teixeira Mendes está otimista em relação ao desempenho do setor de irrigação. A expectativa para este ano é chegar a um faturamento de R$ 1 bilhão, o que representaria um crescimento de 10% em relação ao ano passado.

– Além de ter impacto positivo no meio ambiente, a irrigação é um elemento de estabilidade política e social, gerando empregos, aumentando a produtividade da lavoura e garantindo uma oferta de alimentos mais baratos ? defende ele, para quem, além do alto potencial de crescimento, o nível tecnológico e a eficiência dos sistemas existentes no mercado brasileiro podem ser comparados com o os de países como os Estados Unidos, onde mais de 20 milhões de hectares são irrigados.

Sair da versão mobile