Em entrevista concedida à Globo News, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, avaliou a fala do CEO do Carrefour sobre qualidade sanitária brasileira como inadmissível. “A indústria europeia vai ter benefícios com o Brasil e o Mercosul, e a França parece ter um protecionismo desproporcional. Se não quiser comprar, não tem problema, nós vamos atrás de outros mercados. Mas não iremos aceitar desrespeito com o produto brasileiro”, afirmou.
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Fávaro ainda destacou que o problema dessas falas é com o ramo empresarial francês, e não crê que seja uma decisão governamental por conta da boa relação entre os dois países. “Conversei com todos os ministros da agricultura do Mercosul, e estão todos indignados, com a mesma reação”, ressaltou.
O ministro destacou que, durante seu mandato, o foco de seu Ministério tem sido ampliar os mercados de exportação do Brasil. “Falando do ramo de carnes, no começo da década vimos a China passando por uma crise sanitária no setor de suínos e teve que sacrificar quase todo o rebanho. Nesse período, o Brasil foi o maior fornecedor da proteína para o país. Contudo, mesmo com a recuperação do rebanho chinês e a queda na demanda, isso não afetou o Brasil. Ampliamos os países que fornecemos nosso produto, suprimindo essa oferta”, exemplificou.
Por fim, Fávaro destacou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia nunca esteve tão perto de ser finalizado. O ministro enfatizou a presença do presidente Lula pessoalmente nas reuniões, auxiliando a costurar os detalhes restantes para a conclusão das negociações.