A crise financeira obrigou o agricultor brasileiro a utilizar menos tecnologia no campo. Também caíram as importações, que passaram de 17,5 milhões de toneladas para 15,3 milhões.
Na primeira reunião do ano, a Câmara Temática de Insumos Agropecuários do Ministério da Agricultura fez uma avaliação positiva para este ano, apesar da desaceleração na economia.
Segundo os representantes da indústria de insumos, as vendas em janeiro deste ano mostram uma tendência de recuperação do setor. Embora os números não estejam totalmente fechados, os pedidos de compra de fertilizantes já passaram de 1,2 milhão de toneladas, volume 20% maior que o de dezembro.
Conforme a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o resultado do primeiro mês do ano é reflexo da recuperação das commodities agrícolas e da redução dos preços dos fertilizantes.
? No caso dos fertilizantes, houve uma redução média de preços, em reais, de 15%. Se compararmos os valores praticados em setembro e outubro com os de janeiro, essa queda tem muito a ver com a redução dos insumos, e só não foi maior porque o câmbio fez o caminho contrário ? explica o diretor da Anda Eduardo Daher.
O presidente da Câmara de Insumos afirma que a meta para este ano é retornar aos volumes comercializados em 2007, e que o preço mais competitivo é o maior estímulo.
? Acho que faltavam fertilizantes no campo e o agricultor está repondo os estoques, aproveitando o poder de troca que está havendo em relação à soja que está colhendo e o adubo que ele pode comprar ? compara Cristiano Simon.