A primeira delas é a restrição do país à importação de cortes ou partes de frango in natura.
? É uma barreira não tarifária que não tem justificativa ? disse o copresidente de administração da BRF Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan.
O período de validade dos produtos industrializados e congelados também é outro assunto a ser resolvido com o Egito. Segundo o executivo, o Egito considera 90 dias como prazo de validade, enquanto que para o Brasil é um ano.
? Para o Golfo Pérsico, por exemplo, que também é nosso cliente, o prazo vale nove meses ? observou Furlan.
Já o terceiro ponto de atenção são as altas taxas de importação ao frango brasileiro. Para Furlan, as perspectivas para resolver esses problemas são positivas.
? Depois da assinatura do acordo livre de comércio Mercosul-Egito, as relações com o país podem mudar. Sobre a questão das tarifas, o ministro Rachid se comprometeu a reduzi-las o mais breve possível ? afirmou.
O Brasil exporta anualmente entre US$ 65 milhões e US$ 80 milhões de carne de frango para o Egito, valor equivalente a dois meses de vendas da BRF para a Arábia Saudita.
? O mercado potencial consumidor do Egito somente em frango é de US$ 1,5 bilhão por ano e daqui a dez anos o país chegará a ter mais de 100 milhões de habitantes ? informou o embaixador do Brasil no Cairo, Cesário Melantonio.
Com relação à demora na análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão entre Perdigão e Sadia, que criou a BRF Brasil Foods, Furlan apenas disse que está “decepcionado”.