É cada vez maior o interesse dos produtores pelos defensivos genéricos. As vendas da chamada alta concorrência, quando três ou mais empresas oferecem um produto, chegam a 40% do mercado. Mas mesmo com a disputa, tanto os fabricantes de genéricos quanto os de defensivos específicos brigam hoje por outra questão: a agilidade na liberação dos registros.
A legislação prevê até 120 dias para a aprovação e liberação de um registro. Mas até mesmo a Anvisa, um dos órgãos responsáveis pela análise, admite: hoje pode levar de dois a quatro anos. Um problema para o agronegócio brasileiro, dizem os representantes do setor.
De acordo com o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Caludio Meirelles, o procedimento para aprovação é quase o mesmo em todo o mundo. O rigor e o tempo de avaliação dos processos são necessários e muito semelhantes. O diferencial é que a análise, no Brasil, é feita por três órgãos: Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa. Na maioria dos outros países o trabalho é feito por uma só agencia de controle. Mas o problema no mercado, segundo ele, é que muitos registros, apesar de aprovados, não são usados.
? Nós fizemos um trabalho com a Universidade Federal do Paraná sobre a comercialização dos produtos que tem sido avaliado pelos três órgãos e nos deparamos com uma situação surpreendente: 65% daqueles produtos que foram autorizados e registrados no Mapa não tem qualquer comercialização.