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Indústria prevê queda nas exportações de óleo de soja no segundo semestre

Vendas do produto cresceram 16% nos primeiros seis meses do anoAs exportações de óleo de soja cresceram quase 16% nos primeiros seis meses de 2012. Com a demanda aquecida e a quebra na safra no Sul do Brasil e nos Estados Unidos, os exportadores migraram para produtos com maior valor agregado. Para o segundo semestre, a indústria alerta que os embarques não devem continuar no mesmo ritmo.

A estimativa inicial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) era de que a safra de soja no Brasil pudesse chegar a 77 milhões de toneladas, mas o volume ficou em cerca de 65 milhões de toneladas. Na avaliação do secretário-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho, a alta nas vendas do óleo de soja, registrada no primeiro semestre, não deve se repetir nos próximos meses.

— Tudo indica que o Brasil aproveitou o momento em que os americanos estavam menos agressivos no mercado, pois não tinham o produto, então o Brasil ocupou esse espaço. A consequência natural é uma queda bastante forte no segundo semestre. Nós não vamos ter mais grande quantidade para embarcar, uma situação diferente dos últimos anos, quando a gente vinha trabalhando 12 meses a todo vapor — diz Trigueirinho.

Na avaliação da Abiove, a saída para o Brasil continuar agregando maior valor ao produto, está em reter matéria-prima no mercado interno.

— O ideal seria a gente ter uma situação tributária mais equilibrada para que a indústria conseguisse reter a matéria-prima aqui e exportar os produtos na forma de valor agregado: farelo, óleo, frango, suínos, bem como abastecer o mercado interno. Esse ano o mercado está abastecido normalmente, independente dessa redução da safra — explica o secretário-executivo da Abiove.

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