Por outro lado, 21% das indústrias informaram que os investimentos de 2009 estão integralmente mantidos. Para este ano, 36% afirmam que manterão os planos sem qualquer revisão e 13% adiaram ou cancelaram a aplicação dos recursos.
A pesquisa mostra ainda que 54% das indústrias já sentem algum tipo de prejuízo decorrente da crise, como restrição do consumo, alta das matérias-primas, atrasos de pagamentos ou inviabilidade de negócios devido à alta do dólar. A pesquisa apontou que 89% das indústrias são afetadas pela variação do câmbio, um dos fatores mais visíveis da crise atual.
Praticamente uma em cada quatro empresas (24%) respondeu que já sente a restrição ao crédito no mercado interno, enquanto 16% informaram sentir dificuldades para obter recursos no mercado externo.
Confiança mantida para vendas do ano
Para o presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, são necessárias medidas para evitar a parada da economia.
? É hora de reduzir os gastos públicos para que os investimentos como os do Programa de Aceleração do Crescimento não sejam comprometidos. Também é hora de reduzir juros, para evitar que as restrições já sentidas no crédito se agravem, comprometendo ainda mais o desempenho do mercado interno em 2009.
A pesquisa também trouxe dados positivos, mostrando a indústria confiante nas boas vendas até o final de 2008. Para 60% dos entrevistados, as vendas de final de ano ficarão dentro do previsto, para 7% irão superar as projeções e para 33% ficarão abaixo das expectativas. A pesquisa foi realizada com 88 indústrias.