Além das restrições a publicidade do produto, o governo concedeu poder a Food and Drug Administration (FDA, órgão que regulamenta o setor de alimentos e remédios) para atuar sobre o controle da produção, da venda e do marketing do setor.
Depois de aprovado pelos senadores, as regras agora precisam apenas ser sancionadas pelo presidente Barack Obama, um ex-fumante que, segundo o jornal The Washington Post, está ansioso por transformar em lei as regras aprovadas pelo Senado.
O assunto foi manchete nos sites dos principais jornais do país, pois o tema é um debate antigo na sociedade americana e nos altos escalões do governo. Há mais de uma década o Congresso vinha tentando impor normas mais rígidas para a indústria do cigarro nos EUA, mas sempre esbarrou no lobby do setor junto aos políticos.
Uma das regras aprovadas prevê que a indústria terá de revelar todos os ingredientes incluídos em seus cigarros para que, após conhecidos os cerca de 6 mil componentes químicos, muitos deles sejam proibidos pela FDA. A proposta inclui até mesmo reduzir o nível de nicotina nos cigarros até que o potencial de gerar dependência e de viciar os usuários seja significativamente menor. Assim, quando o fumante decidir parar, o fará mais facilmente.
Promoções, anúncios e propagandas também serão mais restritas (veja principais regras no quadro) e até mesmo a venda de cigarros aromatizados ou com sabor de frutas será proibida. A única exceção é para os mentolados. Termos como “light”, usados em larga escala, serão banidos ? a salvo se a indústria provar cientificamente ao FDA que esses produtos são realmente muito menos nocivos à saúde.