Os trabalhadores estão sendo contratados desde o fim de 2008 por pequenas, médias e grandes empresas. Juntas, reforçarão as linhas de produção com 7,5 mil funcionários. Já as áreas comerciais contratarão 17,5 mil profissionais, divididos entre promotores de vendas e motoristas.
O presidente da entidade, Getúlio Ursulino Netto, afirma que a crise financeira não provocou grandes impactos no setor por diversos fatores.
? Trabalhamos com produtos de uso continuado (chocolate em barra, bombons e tabletes). Além disso, contamos com 600 mil pontos de vendas. O preço das matérias-primas não teve aumento relevante. Também já estamos com todas as encomendas fechadas ? disse.
Os dados da Abicab são confirmados por Enor Francisco Terres, proprietário da pequena empresa Chocolates Lugano, de Gramado (RS). O empresário está feliz da vida. Para atender a demanda deste ano, ele contratará 40 funcionários temporários, que prestarão serviços em sua empresa até o mês de abril. Ele lembra que em 2008 essas contratações foram de apenas 15 funcionários.
O empresário Márcio Marcondes, proprietário da Munik Chocolates, localizada em São Paulo, também está otimista com as vendas de Páscoa.
? Ao contrário do que se especulava, de que poderia haver uma queda nas vendas de Natal, houve um aumento de 2% em relação o ano passado ? explica Márcio.
O empresário acredita que esse resultado deverá se repetir na Páscoa.
? Esperamos aumento de 7% nas vendas ? afirma.
Sabor lucrativo
De acordo com a Abicab, a produção de chocolates (barras, bombons, tabletes e produtos de páscoa) atingiu 300 mil toneladas em 2008, 2,7% a mais que em 2007. O crescimento desde 2005 é de 35%.
Em 2007, o faturamento do setor foi de R$ 10,4 bilhões, divididos em: R$ 7,2 bilhões em chocolates; R$ 2,7 bilhões em balas, confeitos e gomas de mascar; e R$ 519 milhões em amendoins.
As exportações geraram US$ 300 milhões, com uma venda total de 158 mil toneladas para 142 países. Os 10 maiores compradores foram Estados Unidos, Argentina, Paraguai, África do Sul, Canadá, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Angola e Chile. Os países da América do Sul receberam 33% das exportações em 2007, sendo a maior região compradora.