Entre os três componentes do IGP-10, o que apresentou maior variação no mês foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que chegou a 1,51% em outubro. A taxa, no entanto, ficou menor do que um mês antes, quando foi registrada elevação de 1,63%.
A principal pressão partiu dos alimentos in natura (de -2,31% para 8,97%). Houve decréscimo em materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,39% para -0,03%; e nas seguintes matérias-primas brutas: minério de ferro (de 5,35% para -3,56%), algodão em caroço (de 26,22% para 6,35%) e soja em grão (de 6,60% para 3,23%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou de um mês para outro de 0,11% para 0,55%. Seis das sete classes de despesa componentes do IPC tiveram alta, com destaque para alimentação (de -0,05% para 1,07%). Os itens que mais contribuíram para esse resultado foram: arroz e feijão (de -2,81% para 4,74%), laticínios (de -0,53% para 1,27%) e carnes bovinas (de 3,18% para 4,59%).
Também houve alta em habitação (de 0,21% para 0,36%); vestuário (de 0,10% para 1,14%); saúde e cuidados pessoais (de 0,25% para 0,48%); educação, leitura e recreação (de 0,14% para 0,35%) e despesas diversas (de 0,13% para 0,18%).
Por último, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também registrou acréscimo em outubro, tendo passado de 0,13% para 0,20%. Dos três grupos que formam o índice, apenas em materiais e equipamentos houve aumento da taxa (de 0,19% para 0,42%). Em sentido inverso, os índices do grupo serviços (de 0,34% para 0,22%) e de de mão de obra (de 0,03% para 0,01%) diminuíram.
Para calcular o IGP-10 deste mês, a FGV coletou preços entre os dias 11 de setembro e 10 de outubro.