A inflação em 2008 ficou 1,44 ponto percentual superior à de 2007 (4,46%). O resultado está abaixo do teto da meta estipulada pelo governo para a inflação de 2008 (6,5%).
Segundo o IBGE, a alta dos alimentos foi a maior contribuição para o resultado do IPCA do ano passado, com 2,42 pontos percentuais de contribuição, 41% do IPCA anual. O item refeição em restaurante foi a maior contribuição individual para o IPCA de 2008 ? aumentou 14,45% no acumulado do ano. O item carnes ficou em segundo lugar, com alta de 24,02%.
Entretanto, os números do IBGE mostram que os preços dos alimentos continuaram a desacelerar, passando de 0,61%, em novembro, para 0,36%, em dezembro. A exceção foi o tomate, que teve alta de 34,11% e ficou 108,32% mais caro em 2008.
Em relação a dezembro de 2007 (0,74%), o índice do mês passado registrou recuo de 0,46 ponto percentual. A comparação com as pesquisas de anos anteriores mostra que, se de 2002 a 2006 houve tendência de queda do IPCA, os anos de 2007 e 2008 registraram aceleração da inflação.
Os produtos que contribuíram para conter o IPCA de 2008 foram os automóveis, com destaque para os automóveis usados (-4,32%) e novos (-2,25%).
Assim como em 2007, Belém voltou a ter o maior IPCA dentre as 11 capitais pesquisadas. No acumulado de 2008, a capital do Pará apresentou taxa de 7,95%. O índice mais baixo foi o de Salvador (5,15%).
O IPCA é apurado mensalmente pelo IBGE e é usado como medidor oficial da inflação do país, como referência na verificação das metas para a inflação.