O responsável pela pesquisa, Manuel Campos Souza Neto, explica que o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano reflete o comportamento da indústria de alimentos, que segundo ele segurou o IPP no acumulado até maio. O estudo aponta uma queda de 3,72% no acumulado do setor de alimentos, segmento que responde por 19% do IPP.
Segundo Neto, a safra recorde deste ano tem contribuído para o movimento. Na direção oposta, o preço do refino de petróleo e da metalurgia é que tem pressionado o índice para cima no período. Quando se analisa o comportamento do indicador somente em maio, observa o técnico, as variações se invertem. Os alimentos apontam um repique, subindo 1,42%, influenciados por problemas na safra dos Estados Unidos. Para o pesquisador, a desoneração pelo governo do setor químico e de etanol contribuíram para a desaceleração do IPP em maio.