Roger e Vicky Faivre são donos de uma propriedade com 1,8 mil hectares de área plantada. A lavoura de milho ocupa a maior parte das terras e é quase toda vendida para uma usina de etanol da região. Para manter a produção, a estrutura se destaca: vários silos para armazenagem dos grãos e grandes galpões com muito maquinário.
O casal conta que tem cinco funcionários e que administram a fazenda juntos. Cada um com tarefas definidas.
– Eu percorro os elevadores de grãos e mantenho os livros da fazenda. A responsabilidade do Roger é plantar e coordenar as operações. Você consegue trabalhar de forma eficiente se houver organização – afirma a produtora Vicky Faivre, que acrescenta que os filhos estão sendo preparados para assumir a fazenda no futuro.
Percorrendo a importante região produtora dos Estados Unidos, não é difícil ver ambientes como o da Fazenda Faivre. Grandes silos nas propriedades, por exemplo, são comuns. Não é raro ver fazendas próximas de rodovias e, em muitos casos, de ferrovias, facilitando o escoamento da produção.
Doug Dashner, da Associação dos Produtores de Dekalb, explica que, em cerca de uma hora, é possível fazer uma carga chegar ao Rio Mississipi, de onde segue para a exportação.
– Sabemos da nossa vantagem na logística e vamos usá-la – afirma.
O produtor brasileiro reconhece que, nesse ponto, o agronegócio do Brasil está em desvantagem.
– A logística aqui desta região é uma coisa espetacular porque ela está cercada de hidrovia, de ferrovia e de rodovia. Tudo muito perto, muito fácil. Nossa fazenda fica em Paranatinga e a cidade mais perto fica a 150 quilômetros em estrada de terra – compara o produtor rural brasileiro José Vilela de Andra de Neto, ao visitar a região de Dekalb.
*O repórter viajou a convite Caep, empresa de intercâmbio no setor agrícola brasileiro
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