Início da colheita de milho ocasiona a queda dos preços internos e externos

Principais decréscimos ocorreram no Paraná e em Mato GrossoOs preços do milho voltaram a recuar na média das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As principais quedas ocorreram em Mato Grosso, onde os preços caíram ao menor nível desde meados de setembro de 2010.

Segundo o Cepea, a pressão veio do início da colheita nos Estados do Paraná e Mato Grosso. As cotações externas também baixaram, o que recua os valores negociados nos portos.

Nesta segunda, dia 17, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, em São Paulo, fechou a R$ 26,15 a saca de 60 kg, com decréscimo de 3,2% em sete dias. Se considerados os negócios também em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 25,71 a saca, queda de 3,26% no mesmo período.

Neste cenário, passa a ser ainda mais importante a intervenção governamental. Um terceiro leilão será realizado na próxima quarta, dia 19, com oferta igual de contratos. O governo sinaliza que também pode intervir no abastecimento da região Sul.

Expectativas para médio e curto prazo:

A produção de milho na segunda safra deverá vir cheia em 2012/2013. Os principais aumentos de área plantada e de produção deverão acontecer em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A produção recorde na segunda safra é o principal fator baixista para o segundo semestre, quando a colheita se intensificar.

O cenário é de preços menores para a temporada, caso não haja quebra ou perda considerável na safra norte-americana. A previsão de queda de preço do milho deverá impulsionar, por mais um ano, o aumento da área plantada de soja no Brasil e na América do Sul em 2013/2014.