– É um produto totalmente natural, obtido, inclusive, naturalmente.
Ele esclarece que um ciclo de contaminação pode reduzir consideravelmente a incidência da praga, já que as lagartas que se alimentarem de outras que morreram pelo vírus, também serão contaminadas.
Segundo o Mapa, o produto já recebeu o aval da Anvisa para ser comercializado.
– Foi registrado de forma provisória, mas faltam alguns complementos burocráticos que devem ser feitos pelas empresas – afirma o chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Mapa, Maurício Carvalho de Oliveira. Ele estima que o processo seja finalizado em cerca de seis meses.
A Helicoverpa já foi encontrada em mais de 10 Estados brasileiros e se destaca pelo ataque intenso, pelo difícil controle por parte dos agricultores e pela capacidade de resistência aos defensivos. Na Bahia, a lagarta provocou prejuízos de mais de R$ 1 bilhão só na última safra.
– A palavra que nós temos hoje como ordem no controle da Helicoverpa é o monitoramento. Se o produtor utilizar apenas um produto químico, por exemplo, rapidamente a praga adquire resistência. Então, ele tem que usar um produto biológico, fazer o manejo correto no momento de aplicação, se não o produto perde eficiência. É necessário fazer o Manejo Integrado de Pragas (MIP) – disse o diretor-executivo da Aprosoja, Fabrício Rosa.
O bionseticida Gemstar é produzido pela empresa Ihara.
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