O resultado de julho reverte a tendência verificada no primeiro semestre de 2011, quando a alta dos preços das commodities influenciou de forma positiva os ganhos obtidos pelos produtores rurais. O PIB do setor primário começou o segundo semestre em um ritmo mais modesto e, para os próximos meses, a expectativa é que a crise, que teve início na Grécia e ameaça outros países da região, siga gerando instabilidade e provoque a desaceleração nos preços internacionais das commodities. Segundo a CNA, no entanto, os preços não devem recuar de forma significativa, uma vez que a demanda dos países asiáticos por alimentos continua aquecida.
De acordo com a análise, com base nos dados de setembro da balança comercial do agronegócio, no acumulado do ano, a Ásia foi o bloco que apresentou maior participação nas vendas externas do Brasil, 35,1%. De forma isolada, a China absorveu 13,6% das exportações brasileiras, em setembro de 2010, percentual que cresceu para 20,6% em setembro de 2011. A balança comercial do agronegócio fechou o nono mês deste ano com saldo positivo de US$ 7,9 bilhões, superando em 27,2% o resultado do mesmo período de 2010.