? Neste momento, as exportações brasileiras, principalmente de carne, estão suspensas, porque não se sabia o que iria acontecer. Espera-se que quem assuma [o governo] volte a manter o ritmo normal das nossas exportações e que o Brasil não saia prejudicado, porque o Egito é um grande importador de carne brasileira. É um dos principais mercados brasileiros ? disse Castro.
No ano passado, os embarques brasileiros para o Egito somaram US$ 1,967 bilhão, com importações de apenas US$ 169 milhões. Isso resultou em um superávit para o Brasil de US$ 1,799 bilhão. Para Castro, é um bom superávit. A carne bovina, acrescentou, lidera as exportações de proteína animal do Brasil para o mercado egípcio.
Para o vice-presidente da AEB, a renúncia de Mubarak abre expectativas positivas para o comércio externo do Brasil e para as empresas privadas nacionais que têm investimentos naquele país.
? A Marcopolo, a Randon, que têm unidades industriais no Egito, também suspenderam as operações. Então, o prejuízo não é apenas nas exportações, mas também no investimento brasileiro no exterior, que tinha um risco ? afirmou Castro.