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Instituições e governo discutem atual situação da citricultura

Preços baixos podem levar quatro anos para se reverterA situação de preços abaixo do custo de produção na citricultura deve se reverter. Só que isso pode levar até quatro anos, segundo especialistas. Instituto de Economia Agrícola, Fundectirus, e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária participaram de um encontro nesta quinta, dia 13, no interior de São Paulo.

O encontro em Cordeirópolis (SP) era para falar sobre a importância das mudas de laranja para garantir a sanidade dos pomares. Mas, em meio à situação da citricultura paulista, foi inevitável abordar a questão dos preços. Com a queda na demanda nos principais países importadores, as indústrias vêm pagando ao produtor valores abaixo do custo de produção. Situação que, segundo o pesquisador do IEA Antônio Ambrósio Amaro, não vai se sustentar por muito mais tempo.

O instituto divulgou na quinta o levantamento dos preços agropecuários na primeira semana de agosto. Em São Paulo, o valor pago pela indústria aumentou 35% em comparação com a primeira semana de julho (de R$ 4 para R$ 5,40). Já a laranja in natura teve queda de preço, e a caixa caiu de R$ 9,57 para R$ 6,63 (queda de 30,75%).

No caso da indústria, a alta se deve ao início da colheita e também à expectativa de uma safra menor na Flórida. Para a laranja de mesa, a queda está ligada a uma oferta maior, já que parte da fruta que iria para processamento acabou indo para o consumidor, em função dos preços baixos.

Mas não são apenas os valores que preocupam os citricultores. O avanço do greening foi outro tema do encontro. De janeiro a julho deste ano, dois milhões e 43 mil pés de laranja precisaram ser arrancados no Estado (52% a mais que no semestre anterior).

A doença, considerada a mais grave do setor, preocupa não só por questões fitossanitárias, mas também pelos prejuízos financeiros que causa. É por isso que, até outubro, a Secretaria de Agricultura de São Paulo pretende dar início a um projeto de linha de crédito, que vai financiar os produtores que erradicarem pés de laranja, desde que plantem, no lugar, outra cultura.

O pacote de medidas de socorro à citricultura paulista inclui ainda o pedido de prorrogação de R$ 700 milhões em dívidas junto ao Ministério da Fazenda. O valor foi acumulado desde 2002, em função dos preços defasados.

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