O IPR 100 é uma variante de café tolerante às duas espécies de menatóide que mais prejudicam as lavouras do Paraná, mas também resiste bem a outros tipos de parasitas que atacam cafezais de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.
A pesquisa teve o apoio do projeto Kit Nematóide, lançado há dois anos, no qual o produtor leva do Iapar seis variedades diferentes de café. Seis meses depois, um técnico recolhe algumas plantas e analisa qual variedade foi mais tolerante ao verme parasita comum naquela região. A técnica ajuda o produtor a reduzir custos e estimula o plantio da cultura.
? No início, muitos produtores não acreditaram na eficiência do kit, mas agora está comprovado que o método ajuda a saber qual variedade de café é mais resistente ao tipo de nematóide daquele solo, junto com outras orientações que fortalecem a cafeicultura ? afirma o técnico agrícola José Alves de Azevedo.
Até um produtor de sementes de soja e trigo se interessou pela técnica.
? É interessante a gente ver como a tecnologia está ajudando também outras culturas. A gente pode levar essas novidades aos nossos clientes e estimular o plantio de café ? afirma o produtor de sementes Gilberto Ferreira de Melo.
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Trigo
O trigo também está em alta no interesse dos produtores. O Iapar apresentou duas novas cultivares. O IPR 130 vai bem no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O IPR 136 é bem resistente a doenças comuns do grão. Os dois são de porte baixo e ciclo médio, o que ajuda contra mudanças severas do clima.
A pesquisa precisa atender ao mercado, mas deve garantir ganho ao produtor. No caso das duas variedades de trigo lançadas pelo Iapar, a produtividade pode atingir cinco mil quilos por hectare. E o principal alvo é a indústria da panificação. O IPR 130 é classificado como “trigo pão” e o 136 como “trigo melhorador”. As variedades estão em fase de produção de sementes e estarão disponíveis em julho do ano que vem.
? São variedades que podem levar o produtor a fechar contratos mais seguros com a indústria mais próxima dele, pois ele sabe o que ela precisa. É assim que a agricultura deve trabalhar hoje ? explica o pesquisador do Iapar Luís Alberto Campos.
