O abacaxi, a maçã e o maracujá se adaptam bem ao clima e solo do Paraná. Só o maracujá rende de 3 a 5 vezes mais do que os grãos, por hectare. Entre os citrus, destaque para a tangerina da variedade satsuma okitsu. Precoce, a fruta produz antes da poncã, o que garante bom preço por ficar praticamente sem concorrência no mercado. A caixa chega a custar R$ 18, o dobro da de poncã. Além disso, tem alta resistência ao cancro cítrico e um diferencial cada vez mais valorizado: não tem sementes. As opções foram apresentadas no dia de campo do Iapar.
? É o citrus que tem uma variada gama de possibilidades e ao ter algumas variedades, se consegue produzir ela o ano todo na propriedade ? diz o produtor rural Rafael Kasuia.
Em 2007, o Paraná plantou 62 mil hectares com frutas e a renda bruta passou de R$ 663 milhões. A fruticultura no Estado pode ganhar ainda mais força. Uma antiga vinícola paranaense que deixou o PR na década de 70, por falta de matéria prima, está de volta. O motivo: incentivo fiscal e a perspectiva de aumento na produção de uva paranaense.
A uva é a terceira fruta em volume de produção no Estado, mas a primeira em geração de renda. Porém, é importante lembrar: por trás do sucesso de todo pomar, está a informação. Para a pesquisadora do Iapar Neusa Stenzel, é importante que o produtor obtenha informações técnicas antes de instalar seu pomar. Se já tiver o pomar instalado, é importante que conheça as técnicas de cultivo e de comercialização para que realmente tenha sucesso na atividade.
O paredão de capim, por exemplo, é um eficiente quebra vento. A providência é exigida por lei para proteger os pomares. Roberto Rosa Cruz, professor de um colégio técnico da cidade de Santa Mariana, no noroeste do Paraná, vai levar as informações para seus alunos, a maioria filhos de produtores rurais.
? Em pequenas propriedades, isto [levar as informações para os alunos] é altamente viável, como nas rurais familiares ? afirmou Cruz.