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No Laboratório de Análise de Sementes (LAS) da Escola de Agricultura, o engenheiro agrônomo Marcos Altomani Neves Dias avaliou diferentes tratamentos de sementes de milho contendo zinco e cobre, considerando aspectos relacionados à qualidade fisiológica das sementes e à sua eficiência nutricional. O pesquisador utilizou quatro lotes, apresentando diferenças quanto ao tamanho e vigor das sementes. Os tratamentos foram compostos por diferentes dosagens e combinações de suspensões líquidas, contendo óxido de zinco e carbonato de cobre, fornecidos juntos ou separadamente. Os lotes foram tratados e avaliados ao longo de um ano (0, 30, 60, 180 e 360 dias).
A princípio, o desenvolvimento das plantas foi avaliado pela altura, área foliar e pela massa seca de raiz e da parte aérea. De acordo com o autor do estudo, os dados de massa seca, associados aos teores de zinco e cobre nos tecidos, permitiram calcular as eficiências de absorção transporte e utilização destes micronutrientes pelas plantas.
– A qualidade fisiológica das sementes de milho tratadas com zinco e cobre, isoladamente ou associados, não é afetada ao longo de doze meses de armazenamento. Por outro lado, o cobre utilizado isoladamente causa fitotoxicidade quando a avaliação é realizada tendo o papel como substrato, afetando principalmente o desenvolvimento radicular das plântulas.
O engenheiro reforça que o tratamento das sementes com zinco e cobre não impede a utilização de outros tratamentos convencionalmente aplicados nas sementes de milho.
– Um bom desenvolvimento inicial da cultura é crucial, pois com o decorrer do ciclo há maior stress causado por falta de água e temperaturas baixas – conclui.
O trabalho, orientado pelo professor Silvio Moure Cicero, do Departamento de Produção Vegetal (LPV) da ESALQ, contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).