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Insumos devem ter estabilidade de preço na safra 2017/18, estima Abisolo

Em 2015, o setor faturou R$ 5,2 bilhões, alta de 13%; dados de 2016 serão divulgados no congresso da Abisolo, nos próximos dias 5 e 6 de abril, no interior paulista

Fonte: Reprodução/Canal Rural

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) prevê estabilidade nos preços desses insumos aos produtores para a safra 2017/18. “Na próxima safra de verão não esperamos saltos nos preços desses insumos. A queda do dólar foi compensada pela alta (na moeda americana) dos produtos comprados pelo nosso setor e também a indústria não depende só do câmbio”, disse Guilherme Romanini, vice-presidente da entidade que reúne 90 empresas das áreas de fertilizantes foliares, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo e substratos para plantas.

De acordo com Romanini, parte dos produtos utilizados como insumos para esse tipo de indústria de fertilizantes é comprada no Brasil e divide mercado com outros setores, como é o caso zinco, também usado pela construção civil. “Outra parte dos insumos é orgânica e é recuperada de outras indústrias, como é o caso da celulose, por exemplo”, explicou. Em 2015, o setor faturou R$ 5,2 bilhões, alta de 13%, e os dados de 2016, ainda em cálculo, bem como a previsão para 2017 serão divulgados no congresso da Abisolo, nos próximos dias 5 e 6 de abril, em Campinas (SP). 

Romanini explica que o crescimento do segmento se deve ao aumento da necessidade de produtores rurais e pecuaristas investirem em tecnologia para uma maior produtividade. “O custo da terra é crescente, o produtor espera mais desempenho em uma menor área e muitas culturas ainda possuemm pequeno investimento nesse tipo de tecnologia fora dos fertilizantes convencionais”, declarou. Entre esses setores estão cana-de-açúcar, florestas e pastagens onde as empresas ligadas à Abisolo esperam o maior crescimento de demanda no curto prazo. Outras culturas, como café, laranja e hortifrútis já têm alto índice de uso desses fertilizantes especiais.  

O vice-presidente da Abisolo observa, ainda, que é crescente também a busca de alternativas de financiamento por parte do produtor rural que não seja o crédito oficial do governo. “São várias formas de sair do financiamento público, muitas vezes limitado para o produtor. Nossas indústrias financiam os distribuidores, que financiam os produtores, existem operações de barter (troca de insumos por produtos) e há também um crédito muito amplo por parte de cooperativas”, concluiu. 

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