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Insumos para fertilizantes provocam saldo negativo na balança comercial do Brasil com países árabes

Superávit de US$ 600 milhões no primeiro semestre do ano passado foi substituído por déficit de US$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2008O saldo na relação comercial entre o Brasil e os países árabes está negativo. O motivo é a pressão exercida por matérias-primas para fertilizantes que, como derivados do petróleo, foram afetadas pela elevada cotação do produto.

O Brasil vende alimentos para os países árabes que, por sua vez, fornecem fertilizantes ao Brasil. Até o ano passado, a conta era favorável aos brasileiros, mas a balança comercial inverteu a trajetória.

No primeiro semestre de 2007, a diferença entre o que o Brasil exportou e importou dos países árabes era positiva em US$ 600 milhões. No mesmo período deste ano, as vendas externas alcançaram US$ 4,1 bilhões, mas as importações chegaram a US$ 5,3 bilhões. Isso quer dizer que o resultado foi negativo em um US$ 1,2 bilhão.

Apesar das importações em alta, para o agronegócio brasileiro as vendas aos países árabes continuam crescentes. Entre janeiro e junho de 2008, o Brasil vendeu ao exterior US$ 2,4 bilhões em alimentos, aumento de 21,4% em relação ao ano anterior. O destaque ficou por conta de produtos como carnes e leite, que devem continuar com bons resultados. Os lácteos, por exemplo, devem ter as vendas ampliadas para a região porque o excedente brasileiro de produção pode chegar a 700 milhões de litros em dez anos.

O setor de frangos também comemora. Apesar da logística complicada, os países árabes são o maior mercado desta carne. Para a próxima década, a estimativa é que as exportações da carne cresçam 3,49% ao ano para a região.

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