Produtores de soja e milho no Brasil têm enfrentado um cenário desafiador com a queda nos preços das commodities e problemas climáticos cada vez mais frequentes. A união desses fatores traz prejuízos e acaba por tirar homens e mulheres do campo.
Para minimizar o impacto no bolso de quem planta e colhe, empresas buscam combinar tecnologias de monitoramento via satélite e inteligência artificial, como a criação de sementes mais tolerantes a doenças, pragas e variações climáticas
Neste sentido, o diretor de Agronomia da Syngenta Seeds, Fabrício Passini, considera que existem três pilares-chave.
“O primeiro deles é um termo que usamos e se chama pangenômica, ou seja, os dados de informação genética de nossos produtos […]”. Neste mesmo ponto, temos a edição gênica. Todas as empresas estão olhando com calma para este ponto e vendo que é possível corrigir defeitos [das sementes], eliminando possíveis doenças”.
De acordo com Passini, o segundo pilar que vem transformando o mercado são as técnicas de melhoramento preditivo.
“A inteligência artificial nos ajudando a conseguir selecionar novos produtos, novos genes. São as simulações de funis de produto que buscamos, por exemplo, aparece um novo enfezamento ou uma nova edição, com a inteligência artificial conseguimos olhar para esses pipelines, para o nosso funil de desenvolvimento e saber o que é possível desenvolver para superar o novo problema”.
Por fim, o diretor conta que o terceiro ponto é voltado aos posicionamentos assertivos ou à predição por meio de algoritmos.
“Consigo ter um olhar com calma, predizer o nosso produto lá na frente com a interação do genótipo, ou seja, do produto com o ambiente que ele está, se está mudando ou não com as técnicas de manejo. Assim, conseguimos saber como as doenças podem afetar as culturas para, então, desenvolver novos produtos baseados nessas descobertas”.