A projeção é da consultoria AgRural, que considera que, mesmo com uma janela de plantio mais curta, por causa da falta de chuvas em outubro e do consequente atraso no plantio da soja, o milho deve perder pouca área na safrinha 2015.
Combinada com produtividade média dos últimos 15 anos, a área estimada pela AgRural resulta em produção de 41,3 milhões de toneladas de milho na segunda safra 2014/2015 do Centro-Sul, representando queda de 7,4% em relação ao período anterior.
O Estado com o maior recuo na intenção de plantio deve ser Mato Grosso, cuja queda é estimada em 10,3%. “Mesmo assim, o número é bem inferior aos rumores de até 30% que chegaram a circular no auge do atraso da soja e antes da melhora dos preços do cereal”, avalia a consultoria. A queda de área poderá ser maior, entretanto, caso chova demais em fevereiro.
A AgRural informa, ainda, que os negócios antecipados da safrinha de milho 2014/2015 deslancharam em novembro por causa dos preços mais altos do cereal. O mês terminou com 11% da produção esperada no Centro-Sul do país já vendida, bem à frente do 1% do ano passado, quando estava começando a comercialização da safrinha 2014.
Com 18% da safrinha já comprometida, Mato Grosso lidera as vendas. No médio-norte do Estado, lotes para agosto foram negociados a R$ 15,00 em Sinop. Na vizinha Sorriso, os compradores chegaram a indicar R$ 15,50, em comparação com R$ 11,50 vistos nas raras sinalizações de preço de um ano atrás.
Em Sapezal, no oeste do Estado, negócios foram feitos entre R$ 15,00 e R$ 16,00. Em Primavera do Leste, no sul, a saca trocou de mãos a R$ 18,00. Um ano atrás, a vizinha Rondonópolis tinha indicações de R$ 15,00.