Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Interferência política na Petrobras preocupa setor sucroenergético

Aumento da participação da Petrobras no mercado de etanol pode prejudicar setor caso interferência política se sobreponha à econômicaO aumento da participação da Petrobras no mercado de etanol pode ser prejudicial ao setor sucroenergético caso interferências políticas se sobreponham a questões econômicas, avaliaram nesta segunda, dia 8, participantes do 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio. A meta da Petrobras é ter 12% do mercado de etanol até 2015.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, disse que a influência política do governo dentro da Petrobras pode levar a um cenário diferente do estimado.

? Veja o que está acontecendo neste momento, com a empresa registrando fortes perdas em função de uma política para controlar a inflação ? disse Pires.

 O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, afirma que existem outras petroleiras no mercado de etanol e a Petrobras é apenas uma delas. Mas Jank considera preocupante o fato de a Petrobras sofrer influência política do governo para assuntos que não sejam de cunho econômico.

? O problema não é a Petrobras como empresa, que possui técnicos competentes, mas com ações que não sejam ligadas a questões econômicas dos combustíveis ? falou Jank.

Na avaliação de Pires, o ministro da Fazenda também não poderia ocupar o cargo de diretor presidente do conselho de administração da Petrobras.

? É uma situação que cria mais problemas. Veja como o plano de investimentos demorou para ser aprovado até se adequar aos parâmetros do governo ? observou Pires.

E dentro do ambicioso plano da Petrobras para petróleo, Pires vê o perigo dos biocombustíveis acabarem desaparecendo. O executivo cita também a questão do biodiesel que teria a mistura de 5% para 10% adiada também por motivos inflacionários, já que o biodiesel é mais caro que o diesel, atualmente com preço fixo.

? O governo está mostrando que não possui uma política clara para os biocombustíveis ? disse Pires.

O diretor do CBIE diz que sua crítica não é em relação ao investimento em si mas ao “costume existente no governo de usar a Petrobras como instrumento de política econômica para controlar preços e até de política eleitoral, para eleger governadores, senadores, deputados”, disse.

O diretor presidente da Guarani, Jacyr Costa Filho, rebateu a declaração de Pires. Segundo ele, a Petrobras Biocombustível tem atuado no setor com forte estímulo para o aumento da produção de cana-de-açúcar, uma necessidade neste momento. A Guarani possui uma participação minoritária da Petrobras Biocombustível. Segundo Costa Filho, a Guarani plantou 47 mil hectares de cana em 2011 e vai plantar mais 60 mil hectares em 2012.

? A Petrobras não tem o controle da Guarani e temos uma diretoria e um conselho de administração para decidir nossas metas, portanto é incorreto dizer que o governo impõe decisões ? explicou Costa Filho.

Sair da versão mobile