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INTL FCStone estima safra em 104 milhões de toneladas

Possibilidade de rendimento recorde em estados-chave eleva expectativa da consultoria; milho 1ª safra também ganha incremento na revisão de fevereiro

Fonte: Montagem/Canal Rural

Os principais estados produtores de soja no Brasil prometem bons rendimentos na safra 2016/17, podendo até alcançar resultados inéditos. Levando em consideração as condições favoráveis no campo, a INTL FCStone revisou, nesta quarta-feira, dia 1, sua estimativa de produção para 104,1 milhões de toneladas de oleaginosa, ante as 102,8 milhões de toneladas em janeiro. O número está pouco mais de 8 milhões de toneladas acima do previsto pela Conab, em 95,4 milhões de toneladas.

“A despeito das expectativas positivas, as preocupações com o clima continuam presentes. A ocorrência de chuvas muito frequentes, além de atrasar a colheita, dificulta os tratos culturais e pode trazer prejuízos para a produtividade. Não é só o excesso de umidade que preocupa, a falta de luminosidade também tem efeitos prejudiciais”, pondera a analista de mercado da consultoria, Ana Luiza Lodi.

Destaca-se que a INTL FCStone não realizou mudanças na área plantada, enquanto a produtividade média foi elevada para 3,1 toneladas por hectare (contra 3,06 toneladas por hectare estimados em janeiro). 

Considerando o total disponível de soja em 106,5 milhões de toneladas de soja (acrescentando a produção aos estoques iniciais, em 1,9 milhões de toneladas) e considerando um uso total de 101,4 milhões de toneladas, a safra 2016/17 totalizaria estoques finais em 5,05 milhões de toneladas. “Mesmo com a elevação da estimativa de exportações para 57 milhões de toneladas, uma produção recorde em 104 milhões de toneladas levaria a um contexto de estoques mais confortáveis, após balanços apertados nos últimos anos”, resume Ana.

Milho

Em sua revisão de fevereiro, a INTL FCStone elevou a estimativa de produção da safra 2016/17 de milho para 91,51 milhões de toneladas. Esse aumento decorreu de uma revisão dos números da primeira safra enquanto as previsões para a safrinha foram mantidas inalteradas.

“O clima durante a safra de verão, no geral, tem sido favorável, com potencial de produtividades muito elevadas, até mesmo recordes em alguns estados, com destaque para os da região Sul”, destacou a consultoria, em relatório. O rendimento médio da primeira safra está estimado em 5,14 toneladas por hectare (contra 5,06 toneladas por hectare estimados em janeiro), totalizando produção em 29,9 milhões de toneladas (ante as 29,4 milhões de toneladas previstas no mês anterior).

No caso da segunda safra, a INTL FCStone manteve a mesma estimativa de produção, em 61,6 milhões de toneladas, resultado de uma área em 11,3 milhões de hectares, que representa um crescimento de 7,5% em relação ao ciclo 2015/16, e de uma produtividade média em 5,44 toneladas por hectare.

O balanço deve caminhar para um reequilíbrio, após a escassez de milho observada em 2016. Em meio à oferta ampla ao redor do mundo, os estoques estimados estão bastante elevados. Contudo, uma segunda safra cheia tende a reduzir os preços domésticos para a paridade exportação e estimular o consumo doméstico. Já para as exportações, é preciso acompanhar a evolução cambial, que, recentemente, não tem sido favorável à competitividade do cereal brasileiro.

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