As commodities agrícolas devem ser influenciadas por fatores macroeconômicos internacionais, principalmente a saída do Reino Unido do bloco econômico europeu, o chamado “Brexit”, segundo estudo da consultoria INTL FCStone divulgado na manhã desta segunda, dia 11.
De acordo com o documento, o Brexit pode gerar instabilidade nos mercados financeiros, caso os dados das economias britânica e europeia exibam sinais de enfraquecimento resultante da decisão. “Sob essas condições, o ambiente seria de aversão ao risco, levando os agentes a reverterem seus recursos para investimentos seguros nas economias centrais e pressionar o preço das commodities”, explicou no estudo a coordenadora de Inteligência de Mercado do grupo, Natália Orlovicin.
No caso do cacau, apesar dos maiores impactos já terem sido absorvidos, o Brexit criou um panorama de incertezas nos mercados e pode pressionar o euro, principal moeda utilizada por operadores do produto, de acordo com a consultoria. Políticas de flexibilização monetária na União Europeia também tendem a desvalorizar a moeda.
Brasil
Para o Brasil, a INTL FCStone aponta que a votação definitiva do Senado sobre o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, deve continuar no radar e pode trazer novas oscilações cambiais, com influência direta no mercado interno de commodities.
Além disso, a atuação do Banco Central, agora presidido por Ilan Goldfajn, deve ser monitorada, em especial pelo posicionamento da instituição quanto ao futuro da taxa de juros no país.